O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (7) os resultados do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) e quatro cidades da região aparecem em estado de alerta. Entre elas, o maior índice é de Limeira (SP), com 2,7 em uma escala de notas que vão de 1 a 3,9. A cidade faz mutirões para controlar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Na pesquisa do Ministério da Saúde, a região sudeste aparece com a maior concentração de larvas em vasos com água, pratos e garrafas retornáveis. Além de Limeira, Rafard (1,5), Elias Fausto (1,2) e Mombuca (1,0) aparecem em estado de alerta de risco de proliferação do mosquito.

Em Limeira, segundo a Divisão de Vigilância Epidemiológica do município, atualmente há 221 casos notificados de dengue, cinco confirmados, 202 descartados e 14 ainda em investigação. A cidade ainda aguarda o resultado de um caso de chikungunya notificado e já descartou as notificações de zika.

O município informou que vem intensificando as ações contra dengue e, só neste ano, foram realizados 11 mutirões aos sábados. “Além de manter uma campanha de comunicação permanente, a prefeitura reforçou a orientação sobre os riscos de potenciais criadouros identificados na última Avaliação de Densidade Larvária”, destaca a nota.

A Saúde disse ainda que o município faz diversas outras ações preventivas, como limpeza compulsória, visita a pontos estratégicos, visita em imóveis especiais, parceria com imobiliárias para vistoria de imóveis fechados, entre outros.

Neste sábado (9), a prefeitura faz mais um mutirão de combate ao Aedes aegypti com o envolvimento de aproximadamente 100 agentes. A ação acontece nos bairros Nossa Senhora das Dores I, Jardim São Paulo e Jardim Esmeralda, das 7h30 às 13h.

No país

O resultado do LIRAa indica que 1.153 municípios brasileiros (22%) apresentaram um alto índice de infestação, com risco de surto para dengue, zika e chikungunya. “O Ministério da Saúde alerta a necessidade de intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti, mesmo durante o outono e inverno, em todo o país”, diz o texto de divulgação.

Além das cidades em situação de risco, o levantamento identificou 2.069 municípios em alerta, com o índice de infestação predial (IIP) entre 1% a 3,9% e 1.711 municípios com índices satisfatórios, inferiores a 1%.

Na região de Campinas (SP), Paulínia (SP) e Hortolândia (SP) estão em situação de risco para possíveis surtos de dengue, zika e chikungunya, de acordo com o Ministério da Saúde. Nestas cidades foram registrados índices superiores a 3,9% para infestação do Aedes aegypti.