O número de casos de dengue em Limeira (SP) até agora, em 2020, já é quase dez vezes mais do que no mesmo período que 2019. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foram 105 confirmações da doença neste ano e 11 no ano passado.
Além dessas, outras 153 pessoas aguardam resultados de exames. Da região de Piracicaba (SP), Limeira é a que tem mais registros da doença em 2020. Os bairros com maior incidência de dengue são Abílio Pedro, Morro Branco e São Francisco.
A prefeitura enumera uma série de medidas que tem adotado para combate ao Aedes aegypti, transmissor da doença:
· Reuniões de mobilização em todas as escolas públicas e particulares da cidade
· Reuniões com os "síndicos" dos imóveis públicos, ou seja, servidores responsáveis por monitorar e eliminar possíveis situações de risco em prédios municipais
· Mutirões semanais para combate aos focos do mosquito nas casas
· Controle de criadouros em imóveis especiais
· Entrada compulsória em imóveis desocupados
· Fiscalização de imóveis para alugar
· Notificação para limpeza de terrenos desocupados, fechados ou em construção
· Nebulização de áreas com grande concentração de casos confirmados
· Conscientização de alunos das redes pública e privada e campanhas publicitárias
A próxima etapa, de acordo com a prefeitura, será mobilizar sindicatos, associações, igrejas e outras instituições para iniciar um trabalho de prevenção.
Piracicaba
Em Piracicaba, a Vigilância Epidemiológica informou que são 69 casos até dia 7 de fevereiro. No mês de janeiro de 2019, foram 13 confirmações.
Para prevenir a proliferação do Aedes, a cidade faz arrastões, entrada forçada em imóveis abandonados para retirar criadouros e visitas em domicílios. Além disso, a programação de mutirões aos sábados vai até março. Neste sábado (15), as ações ocorreram no bairro Vila Rezende.
No dia 29 de fevereiro, o mutirão acontece no bairro Nova Piracicaba. Já em 7 de março, o último mutirão será no Piracicamirim.
Santa Bárbara d'Oeste
Santa Bárbara d'Oeste (SP) tem seis casos positivos de dengue e 73 notificações suspeitas aguardando resultado em 2020. Em 2019, foram 16 casos positivos no mesmo período.
A cidade faz visitas às casas, imóveis especiais e pontos estratégicos, vistoriando e orientando os responsáveis quanto às medidas necessárias para eliminar criadouros.
Além disso, atua na "Sala de Situação e Controle da Dengue", integrada por representantes de setores da prefeitura para discutir, planejar e implementar ações que demandem atividades integradas, como limpeza e desocupação de áreas públicas com descarte irregular de resíduos.
A Divisão de Controle de Vetores retomou o monitoramento da presença de mosquitos com o uso de ovitrampas. Uma ovitrampa é um recipiente plástico com água, onde é colocada uma palheta de eucatex. Caso haja fêmeas de mosquito buscando criadouros para depositar os ovos, elas botam os ovos nas palhetas, que são recolhidas semanalmente e inspecionadas no laboratório da Zoonoses.
Caso sejam detectados ovos, o resultado é considerado positivo, que indica presença de Aedes naquela região, e o número de ovos é registrado. Para o monitoramento, foram instaladas 168 ovitrampas espalhadas por toda a área urbana do município. |