O secretário de Saúde de Limeira (SP), Vitor Santos, anunciou nesta quinta-feira (14) que a pasta pretende iniciar uma testagem da população de forma "sistemática" a partir da segunda quinzena deste mês, ampliando o número de profissionais que realizarão exames gradualmente e realizando amostragens por região, para traçar um mapeamento.

Santos informou que a prefeitura já dispões de 26,9 mil testes, 20 mil que adquiriu e 6,9 mil recebidos do governo federal.

"Estes testes no início foram usados em função da demora de resultados do Instituto Adolfo Lutz, que mantinha um 'gap', uma diferença muito grande entre os notificados como suspeitos e os que estavam confirmados ou negativados, e eles nos ajudaram então a fechar aquela curva entre notificado e confirmado e não confirmado", explicou.

Atualmente, já está em processo a testagem de todos os profissionais de saúde que estão na linha de frente de combate à doença, segundo o secretário.

"É a categoria que está mais vulnerável à enfermidade e, hoje, 34% destes contaminados são profissionais da saúde. E estamos testando todos os cuidadores de idosos que trabalham em asilo. São cerca de 300 pessoas", detalhou.

Próxima fase

A partir da segunda quinzena de maio, a intenção é começar a testar outros profissionais. "Alguns que são muito sensíveis como, por exemplo, as empregadas domésticas, que circulam por diversas casas. Temos que acompanhar esse público e assim que tiver alguma suspeita isolar essas pessoas e testar seus familiares para que a gente consiga controlar efetivamente a disseminação doença na nossa cidade".

Em junho, que é quando a prefeitura espera que o volume de contaminação esteja maior, a intenção é seguir ampliando a testagem por categoria profissional e passar a realizar amostragens regionalmente.

"Vamos testar as pessoas por região da cidade, pra que a gente tenha um mapeamento de como a doença está se desenvolvendo no município de Limeira. Isso foi o que foi feito na Coréia [do Sul] e alguns outros países que saíram na frente, e é uma forma de a gente conhecer a doença, onde ela está, quais profissionais estão sendo atingidos e fazer o monitoramento desses colaterais", acrescentou o secretário.